o consenso
Hoje é quinta-feira, o dia em que, na televisão, comentam os dois líderes da oposição ou, se quisermos, em que Manuela Ferreira Leite e José Pacheco Pereira marcam a agenda da oposição em Portugal. É estranho que seja dentro do mesmo partido mas, a verdade é que António José Seguro não existe, nem sequer aparece. Poderia ter aparecido para comentar os resultados do PISA e nem vê-lo. Tendo sido a educação uma das maiores batalhas dos Socialistas, é de estranhar.
Porém, podemos dizer que a oposição feita por Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira é forte o suficiente para podermos, pelo menos, sentir que não estamos sozinhos. Muito pelo contrário.
Numa altura em que se fala tanto de consensos, parece-me que há um indício claro de consenso na sociedade portuguesa: o governo é mau e o PS não é alternativa. Mas, não desesperemos. Há uma alternativa. Porque o grande consenso nacional pedido pelo Presidente da República existe num país que está contra a forma mesquinha com que uma nova mentalidade política europeia ataca as instituições nacionais, a soberania e a dignidade dos portugueses. Tem aí um consenso, vossa excelência. Pode aproveitar e dissolver a Assembleia da República e mostrar ao governo liderado pelo inenarrável Passos Coelho que nem o seu próprio partido está com ele. Que este não é o país que queremos.