É assim, a vida
Estas coisas padecem sempre de uma ironia que acaba por nos confundir. O sentido da vida e outros contos; Deus, 2011. Tem um ar de obra continuada, prolongada e consistente. É uma prática reiterada da linha editorial do Além que deixa a malta do Aquém ansiosa e à espreita, não vá o Diabo tecê-las. É sempre assim, uma no cravo e outra na ferradura. E um tipo tem de andar alerta. Razão têm os escoteiros, mas isso são outros quinhentos.
Na mesma semana em que Souto de Moura é premiado com o grande galardão da Arquitectura, vai de falecer o seu fiel amigo e conterrâneo por opção, o grande Ângelo de Sousa. E não deixa de ser curioso que a última vez que os ouvi estavam juntos a falar daquele edifício ali, em Veneza, e na forma como surpreenderam tudo e todos com o seu original estaleiro. Coisas que levamos para a nossa tumba, de alma lavadinha. Não há bela sem senão.