Um post pessimista
Em "Portugal e o Futuro" o General Spínola fala na aparência perante os outros. Diz algo como: podemos achar que somos democráticos mas não parece ser isso que os outros acham de nós e que essa aparência deveria ajudar-nos a reflectir sobre o caminho que levamos. Estas palavras caberiam como uma luva nos dias de hoje se adaptadas às circunstâncias. A comunidade internacional parece não estar muito certa da estabilidade da economia portuguesa. O governo, por seu vez, se por um lado parece garantir de forma inequívoca que não há motivos para alarme, alturas há em que mais parece que o que está a fazer é manipulação de dados, escondendo assim a realidade das contas públicas. O cidadão parece já não acreditar em nada nem em ninguém. A opinião publicada está preocupada com casos laterais, e mesmo no Parlamento os deputados estão noutra galáxia. Primeiro-ministro não temos e é Teixeira dos Santos que aparece como o elemento do governo mais próximo dessa figura. O retrato é negro, mas há quem ache que não, sabe-se lá porquê.