Da confiança
Se havia quem tivesse dúvidas por que razão é tão importante a avaliação e a certeza do carácter dos nossos políticos e principalmente do Primeiro-ministro, os acontecimentos dos últimos dois dias parecem deixar bem claro o motivo pelo qual tanta gente insistiu no assunto.
Se por um lado, ao que vamos sabendo, as agências de rating funcionam na base da especulação e é essa especulação que vai fazer mexer ou não o mercado, por outro lado é necessário que a credibilidade política do Primeiro-ministro seja a melhor para que os cidadãos nele sintam confiança. Se calhar, e ao contrário da desadequada deputada Medeiros, não é muito bom o chefe de governo mentir na Assembleia da República. Se calhar também não é muito boa ideia deixar por esclarecer casos que põem em dúvida a seriedade do seu passado.
As agências de rating podem até ser o maior demónio do mundo. A verdade é que se não houver confiança na governação não há nada a fazer, nem para dentro nem para fora.