A agenda setting do Governo foca-se, esta semana, no debate sobre a redução autárquica - um truque gourmet que fará, certamente, algum sentido.
No entanto, será que este é o momento oportuno para alterar uma estrutura que pouco impacto imediato terá na realidade do país e que pode, até, ter os seus custos?
Tudo isto parece um perfeito despropósito com o doce trago do populismo.
De +1 a 4 de Outubro de 2011 às 10:12
Não sou um defensor deste Governo mas atenção que esta medida está prevista no memorando.
De
jorge c. a 4 de Outubro de 2011 às 10:14
E?
De +1 a 6 de Outubro de 2011 às 10:44
E o memorando define os timings de aprovação e, não raras vezes, de discussão das medidas.
Assim, este "truque gourmet" do governo poderá na realidade tratar-se apenas da necessidade de cumprir com o memorando.
De
jorge c. a 6 de Outubro de 2011 às 10:48
Não te sabia tão defensor do memorando.
De +1 a 7 de Outubro de 2011 às 10:25
Não sou defensor do memorando (e muito menos deste governo). Aliás, creio que só defende o memorando quem não o leu com atenção.
De qualquer forma, este governo prometeu cumprir o memorando e é isso que pretende a maioria que o elegeu.
Assim, parece-me que podes obviamente criticar o governo por cumprir as medidas populistas impostas pelo memorando. Já não o deves fazer como se o tema tivesse sido fabricado pelo governo.
De
jorge c. a 7 de Outubro de 2011 às 10:36
Afinal o teu problema não são as autarquias, mas a minha argumentação. O que não é uma novidade. Mas isso resolve-se. Vivemos num mundo onde prevalece o conflito sobre a compreensão factual. O mundo dos onanistas.
Posso, portanto, deixar-te mais à vontade com o termo Agenda Setting. Ele significa apenas a escolha de uma agenda. Sendo que essa agenda pode ser fabricada pelo Pai Natal. A escolha é que é do Governo.
O tema deste post é a prioridade. E não me parece que neste preciso momento a prioridade seja este tema. Muito menos para fazer dele um programa de televisão com direito a ministro e tudo - o Dr. Relvas, não sei se estás familiarizado.
Em suma, O memorando não estabelece este ponto como uma prioridade. Faz uma sugestão, aliás. Quem decide colocá-la como prioridade é o Governo.
Espero ter-me feito compreender, desta vez.
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