O futuro da ERC
Qualquer liderança exige coragem e determinação. No sector público esta necessidade é ainda mais exigível devido a pressões políticas. Quando isso não acontece, o mais provável é estarmos perante entidades frouxas que se deixam ir ao sabor do vento.
A nomeação de Carlos Magno para a ERC deixa-me, assim, muito desconfiado sobre o futuro desta entidade. Daquilo que vou vendo, lendo e ouvindo do distinto cavalheiro, retiro uma personagem sem grandes características; de discurso vago e sem conteúdos, cheio de lugares comuns e pouco assumido.
Podemos dizer muitas coisas de José Alberto Azeredo Lopes. Podemos dele discordar em muitas decisões. Mas, nestes últimos anos, tivemos à frente da ERC um homem com coragem em tomar decisões, que por elas deu a cara e que as discutiu com frontalidade.
Não sei se, doravante, isso irá acontecer. O tempo o dirá.