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Não sei o que é o sá carnerismo. Nunca privei com um sá carneirista que me soubesse expor nada de muito objectivo. Ouvi histórias, li e vi dezenas de teorias cavernosas.
Hoje, um amigo dizia-me exactamente o mesmo. Não lhe soube explicar absolutamente nada. Porque este é também o tempo de uns liberais que saem da cartola como coelhos domesticados na tendência do sucesso e do socialismo tentador atento à solução eterna.
Sei que cresci e aceitei uma certa mentalidade de adaptação às regras de conteúdo de uma possível democracia liberal consciente do direito fundamental ao conservadorismo e praticante da ancestralidade de um país que assumi como o meu próprio elemento (ou eu um dos seus elementos, não sei). E distingo as classes e reforço-lhes a dignidade, numa necessidade última de oportunidade, de equidade e de justiça. Sem moralismo ou demagogia. Uma social-democracia do Povo e para o Povo, sendo que o Povo somos todos nós. É este o lugar comum abstracto que gosto de discutir. Se entendi mal? É para o lado que durmo melhor.
A lei quer-se geral e abstracta. Legislar sobre um caso concreto é um precedente perigoso que pode gerar uma discricionariedade que não é típica dos Estados democráticos.
A distribuição de dividendos no cenário de que tivemos conhecimento há umas semanas é eticamente duvidosa. Ainda assim, nunca poderá ser motivo para legislar por se correr o risco da insensatez e da falta de lucidez.
Mas não deixa de ser engraçado que os comunistas e bloquistas, sempre tão atentos às conspirações governamentais nestas situações em que a lei é "feita para alguns", venham agora pretender a uma idêntica discriminação.
Paulo, deixa-me ilustrar o teu post com esta fotografia do Público. Ela retrata também muito do espírito dos dois países na sua relação histórica.
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