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Manual de maus costumes

Manual de maus costumes

08
Ago13

da política

jorge c.

Interessante, este artigo de João Ribeiro. Levanta uma questão fundamental e que até se deve explorar, sobre o critério da independência e aquilo a que pode conduzir. 

No entanto, não podemos esquecer que este conceito de "independentes" não surgiu por obra e graça do espírito santo e que os próprios partidos têm muita responsabilidade na forma como afastaram potenciais políticos, porque aquilo a que chamam realpolitik é, muitas vezes, um jogo pouco ético de caça ao voto e que envolve comprometimentos com determinados círculos pouco relacionados com o serviço público de que nos fala. Negar ou ignorar isto é branquear a realidade do aparelho partidário que tem destruído o crescimento da cultura democrática dentro dos partidos e o exemplo para aqueles que começam.

Já em relação à segunda parte do texto de João Ribeiro, fico com dúvidas relativamente à lógica. Parece-me um pouco rebuscado. Talvez o porta-voz do PS tenha ficado um pouco baralhado. Quando queremos falar de várias coisas ao mesmo tempo, porque não nos dão muito espaço para tal, isso acaba por acontecer. Não que não tenha razão e que não sejam todos uns incompetentes com interesses escondidos (é uma generalização perigosa e também ela falsa, porque podemos olhar para políticos de carreira que estão hoje em altos cargos privados e não seria ilegítimo presumir que tal decorreu da natureza das suas últimas funções públicas). Porém, o leitmotif que Ribeiro encontra não pega, neste caso. É evidente que o moralismo anti-público deste governo é fundamental para se perceber o que se está a passar. Mas, a problemática dos independentes é muito maior do que isso e, muitas vezes, não tão grave quanto isso. O pathos de Ribeiro é seguramente maior do que o logos. E isso alimenta o maniqueísmo que o próprio critica. 

05
Ago13

urbanismo para totós

jorge c.

Já que estamos numa de autárquicas - uma tendência de verão semelhante aos anúncios das operadoras de telemóvel - seria uma boa altura para falar de integração no sector do trânsito. Por exemplo, e assim a propósito de nada, sinalização e direcções. 

Imaginemos que somos um inglês que chega à cidade do Porto e aluga um carro. Tentemos sair da cidade do Porto em direcção à auto-estrada que nos levará para Lisboa (A1 porque nós sabemos). Passado este desafio, tentemos entrar na cidade de Lisboa, pela 2ª Circular, claro. Duas saídas para o Campo Grande. Qual delas escolher? A vida é um mistério. Imaginemos, então, que vamos depositar a viatura em Lisboa e que o local onde temos de ir é na linha de Sintra. IC19 connosco. E agora? Como entrar para o IC19 seguindo apenas as direcções nas placas?

No meio disto tudo, a sinalização de estrada evapora-se, as faixas de rodagem confundem-se, os sentidos proibidos não são compatíveis com a necessidade de inverter a marcha, entre muitas outras coisas. Portugal é um caos de sinalização e Lisboa é o seu centro nevrálgico. O trânsito é feito para os locais e ignora-se a lógica e a assertividade das indicações. 

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