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Manual de maus costumes

Manual de maus costumes

12
Dez13

na sua inocência

jorge c.

Travou a fundo, mas já ia lançado. Rui Rio, na sua inocência, acabou por dizer aquilo que confirma a tendência dos nossos tempos: a lei é um obstáculo à prática de uma política sem limites que nos irá redimir. Deus lhe pague. Mas, a verdade é que Rio, como tantos outros, não dizem este tipo de coisas por maldade; parece-lhes natural que a lei deva ser preterida em prol das circunstâncias económico-financeiras e das decisões pragmáticas que devolvem o homem à sua condição livre, como na Alemanha dos anos 30. E perdoem-me o exagero, que olhando para a Hungria e para a Holanda pode não sê-lo, mas a História é sempre importante para nos lembrarmos do que significam conceitos como Estado de Direito e Princípio da Separação e Interdependência dos Poderes. Temos de estar atentos e alerta. E não podemos desatar aos abraços e salamaleques às pessoas só porque, aparentemente, estão a iniciar uma oposição ao nosso adversário. Se essa oposição insistir no mesmo erro discursivo e prático, então é porque ainda não percebemos bem o que é que estamos aqui a defender. É importante garantir que elas perceberam isto. Porque Rio não será candidato em Janeiro, mas será mais adiante.

06
Dez13

viva a liberdade

jorge c.

Mandela continuará a abrir as portas da impossibilidade sempre que o seu nome for carregado. Fê-lo com as suas próprias forças durante a vida e, agora, na morte, cabe-nos uma missão de grande responsabilidade que é continuar o seu caminho. Um primeiro e muito importante passo foram as homenagens por todo o mundo.

Por cá, vi nas últimas horas centenas de pesares de pessoas que, inconscientemente, esqueceram os seus preconceitos habituais, mesmo que com os lugares comuns e clichés habituais de que o mundo ficou mais pobre e de que perdemos um grande homem e de que era um exemplo para a humanidade e de que temos todos muita admiração pela pessoa de Nelson Mandela, etc. etc.. É por isso importante perceber que o racismo e o sectarismo se dissipam quando aquilo que temos à nossa frente é muito maior e representa um amor universal, mesmo que no mais básico e fútil dos discursos. Esses preconceitos, que nascem de uma influência do meio e que não são inatos, mantém-se devido a alguma ignorância e resignação, mas já não conseguem resistir à força do bom espírito.

É contra a ignorância e a resignação que temos sempre de lutar. É pelos outros que seremos nós. É por todos porque só todos podemos ser livres.

 

05
Dez13

o consenso

jorge c.

Hoje é quinta-feira, o dia em que, na televisão, comentam os dois líderes da oposição ou, se quisermos, em que Manuela Ferreira Leite e José Pacheco Pereira marcam a agenda da oposição em Portugal. É estranho que seja dentro do mesmo partido mas, a verdade é que António José Seguro não existe, nem sequer aparece. Poderia ter aparecido para comentar os resultados do PISA e nem vê-lo. Tendo sido a educação uma das maiores batalhas dos Socialistas, é de estranhar.

Porém, podemos dizer que a oposição feita por Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira é forte o suficiente para podermos, pelo menos, sentir que não estamos sozinhos. Muito pelo contrário.

Numa altura em que se fala tanto de consensos, parece-me que há um indício claro de consenso na sociedade portuguesa: o governo é mau e o PS não é alternativa. Mas, não desesperemos. Há uma alternativa. Porque o grande consenso nacional pedido pelo Presidente da República existe num país que está contra a forma mesquinha com que uma nova mentalidade política europeia ataca as instituições nacionais, a soberania e a dignidade dos portugueses. Tem aí um consenso, vossa excelência. Pode aproveitar e dissolver a Assembleia da República e mostrar ao governo liderado pelo inenarrável Passos Coelho que nem o seu próprio partido está com ele. Que este não é o país que queremos.

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