O dogma do anti-dogma
Quando fiz este post sobre a biografia de Salazar já contava com este tipo de reacções (à biografia, não ao post, par Deus). Não sei se a Fernanda já teve oportunidade de ler a biografia feita por Filipe Ribeiro Menezes, mas quase que aposto que isso é indiferente. Para a Fernanda parece bastar a sua vontade histórica.
O romantismo de Delgado, aquela ideia sonhadora do General sem medo pelas ruas do Porto, não passa disso mesmo - romantismo. Eu respeito isso. Mas parece que para uma certa mentalidade é mais fácil continuar a romantizar do que ouvir o que se tem a dizer sobre o tema, dar pelo menos uma oportunidade a quem o estudou. Como diz e bem o João Miranda sobre o mesmo assunto: "Eu não sei se Salazar era um “democrata-cristão convicto”, mas quem passou 7 anos a estudar Salazar não fui eu, foi o Filipe Ribeiro Menezes. Para se manter um nível adequado ao debate intelectual talvez seja melhor perguntar-lhe porque é que ele pensa assim. Ou então ler o livro."
A esquerda portuguesa tem muitos dogmas para resolver.