O festim das hienas
Não sou propriamente o maior dos fãs de Cavaco Silva. No entanto, não posso de deixar de considerar triste, lamentável, pobre, fraquinha, mesquinha toda a campanha que começou ontem de detracção. Primeiro começou nas suas palavras. Os seus detractores implicam com tudo: vírgulas fora do lugar, palavras sem acentos, a boca seca, o cabelo despenteado. Tudo aquilo que verdadeiramente interessa.
Se Cavaco é uma personagem estranha da política portuguesa, a crítica que lhe fazem não lhe fica atrás. Não passa de uma crítica sectária, ininteligível e baseada no ódio partidário e, muitas vezes, pessoal. Outra forma não haveria para atacar Cavaco em rigor porque não passaria de simples debate político. Insuficiente porque o povo é estúpido. Dirão que há imenso por onde atacar politicamente. Muito bem, estamos todos à espera que larguem a galinha de plástico que faz barulhinhos e partam para a caça.
O que é engraçado é que, depois do tanto que se defendeu José Sócrates por causa dos ataques pessoais, faz-se exactamente o mesmo a Cavaco. Não? Claro que não. É só impressão minha.