Exportar é preciso
O Dr. Faria de Oliveira foi a Gaia reforçar aquilo que havia dito ontem o Presidente da República: devemo-nos preocupar e concentrar nos mercados primários. Até aqui tudo bem. Mas, como impulsionar algo que necessita de dois sectores fundamentais (o primário e o secundário) que estão, neste momento, decrépitos? Com um sector terciário confuso e desorganizado, torna-se difícil não entender estas palavras como meros lugares comuns, algo que temos de dizer para disfarçar a nossa total impotência relativamente aos mercados secundários. É que - vai-me desculpar o Dr. Faria de Oliveira - a preferência dos portugueses nos produtos nacionais a curto prazo é algo demasiado subjectivo para que possamos ter alguma confiança nela.
Tenho defendido a suspeita de que pouco temos para exportar, que o volume de negócio da grande maioria das empresas portuguesas é insuficiente para concorrer lá fora e que podemos estar a apostar nos mercados errados (Angola, por exemplo). Posso perfeitamente estar enganado, até porque essa minha suspeita não passa de mera especulação. Acontece que até agora nada me provou o contrário, salvo raríssimas excepções.
