Sobre a morte de Bin Laden, um post que aguardava há uns dias e que acabou por se confirmar para sorte de todos nós. É ler quem sabe do que fala. De leitura obrigatória, este texto do Prof. Azeredo Lopes.
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Sobre a morte de Bin Laden, um post que aguardava há uns dias e que acabou por se confirmar para sorte de todos nós. É ler quem sabe do que fala. De leitura obrigatória, este texto do Prof. Azeredo Lopes.
Estas eleições são um crime porque acontecem no pior dia possível, ameaçando o sucesso da própria cimeira do euro que nos ia acudir. Estas eleições são um crime porque Portugal tem até Junho dez mil milhões de euros para pedir emprestados, porque a banca está em stress, porque as empresas públicas estão a ficar sem dinheiro. Estas eleições são um crime porque vão produzir meses de foguetório político para eventualmente chegar a minorias e inviabilidade negocial entre PS e PSD. Estas eleições são um crime porque são contra o interesse nacional, contra os portugueses, contra a sensatez. Se é crime, há culpado e não é preciso jogar Cluedo: Sócrates foi o primeiro responsável por esta crise política, como admitiu ontem Luís Amado, fosse por calculismo político ou por cegueira não ensaiada. Passos Coelho podia ter evitado a crise, se engolisse outro elefante, e pode mesmo perder nestas eleições o que ganharia noutras daqui a mais tempo. Ou seja: depois da ajuda externa que ainda não chegou mas já partiu.
Não tinha dado por este post de Luis Menezes Leitão no Delito. É um texto que vale a pena ler. É claro que gostei em particular do parágrafo dedicado à petição do Correio da Manhã que, de uma forma inexplicável, continua a ser assinada por uma série de notáveis. Mais um aviso sério às consequências da demagogia e do populismo.
A sensação com que fico muitas vezes é a de que estou a ser ignorado. Não há sensação pior do que essa. Quando escrevemos em blogs ou nas redes sociais fazêmo-lo para sermos ouvidos. Mas, o mundo online parece estar mais preocupado em concordar ou discordar do que em reflectir. Nietzsche dizia que muitas vezes recusamo-nos a aceitar uma ideia apenas porque a forma como é exposta não é do nosso agrado. Por isso, fazer um blog que tem por objectivo principal pensar os costumes é um esforço inglório.
Lembrei-me disto quando li este post do CJT. No fim do texto não sei se concordava ou não. Não é certo que tenha sempre certezas e esteja seguro de que vou ter uma opinião para dar ao mundo. Sou um entusiasta e não um narcisista. Cheguei à conclusão que ainda acredito que leio para pensar e não para confirmar as minhas pancas ou para combater inimigos.
Obrigado ao Carlos, por isso.
Este excelente post de Carlos Loureiro sobre a inenarrável petição do Correio da Manhã, que também sugere esta leitura.
Não posso deixar de destacar este artigo de Sérgio Figueiredo no Jornal de Negócios que vai muito ao encontro daquilo que tenho vindo a dizer no que respeita ao essencial e ao acessório do nosso pensamento político. Em rigor, é disto que estamos a falar - a forma como encaramos a nossa sociedade, o modo como distinguimos o essencial do acessório sem demagogia e populismo e as suas consequências práticas nas realidades sectoriais. Não sei se já disse isto hoje, mas vivemos um tempo propício a estas coisas.
Muita tinta tem corrido à custa da coscuvilhice. Desta vez a dita é internacional.
Vale a pena, então, ler este texto de Francisco Seixas da Costa que diz praticamente tudo o que há a dizer sobre a gravidade do assunto. E já agora, dêem uma vista de olhos ao texto de Pedro Lomba no Público de hoje (sem link) que mata dois coelhos de uma cajadada só.
Resta-me reforçar algo que já aqui disse: este é um tempo propício a demagogia e populismo.
Felizmente, a minha falta de tempo é compensada por este grandioso post do Rui. Devemos todos agradecer-lhe por ter perdido um bocadinho do seu tempo para escrever as palavras certas para o melhor dos motivos.
Não haja desculpas.
Este post é tão uma dedicatória.
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