Métodos quantitativos
Parece que a OCDE quer passar a concorrer com o Guinness. Para a organização, o relevante em programas como as Novas Oportunidades parece ser o método quantitativo e o resultado consequente. É indiferente se, neste programa de ensino, houve um reforço essencial das competências que justifiquem uma nova graduação.
Provavelmente, aqueles que como eu não acreditam na legitimidade destes diplomas, estão enganados e quem está certo são os defensores das Novas Oportunidades e a OCDE que relativizam o valor do mérito e optam pelo primado da quantidade de diplomas. Também é provável que o mercado de trabalho queira apenas gente mais habilitada mas, com o mesmo nível de competências, para efeitos estatísticos.
Tudo isto é provável. Mas, daí a "sustentar o sucesso de Portugal"... permitam-me discordar. O que pode sustentar o sucesso de Portugal é a sua capacidade para competir, os seus índices de inovação social e económica, o seu potencial empreendedor, a mobilização cultural e artística, etc. É com estes indicadores que Portugal é bem sucedido, porque isto só acontece quando os recursos humanos reúnem um conjunto de competências que lhes permite desenvolver ferramentas que sustentem o desenvolvimento. Em suma, só acontece por causa do mérito posto em prática.
Nenhum sucesso é mensurável pela quantidade, a não ser o dos recordes do Guinness.