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Manual de maus costumes

Manual de maus costumes

06
Dez13

viva a liberdade

jorge c.

Mandela continuará a abrir as portas da impossibilidade sempre que o seu nome for carregado. Fê-lo com as suas próprias forças durante a vida e, agora, na morte, cabe-nos uma missão de grande responsabilidade que é continuar o seu caminho. Um primeiro e muito importante passo foram as homenagens por todo o mundo.

Por cá, vi nas últimas horas centenas de pesares de pessoas que, inconscientemente, esqueceram os seus preconceitos habituais, mesmo que com os lugares comuns e clichés habituais de que o mundo ficou mais pobre e de que perdemos um grande homem e de que era um exemplo para a humanidade e de que temos todos muita admiração pela pessoa de Nelson Mandela, etc. etc.. É por isso importante perceber que o racismo e o sectarismo se dissipam quando aquilo que temos à nossa frente é muito maior e representa um amor universal, mesmo que no mais básico e fútil dos discursos. Esses preconceitos, que nascem de uma influência do meio e que não são inatos, mantém-se devido a alguma ignorância e resignação, mas já não conseguem resistir à força do bom espírito.

É contra a ignorância e a resignação que temos sempre de lutar. É pelos outros que seremos nós. É por todos porque só todos podemos ser livres.

 

25
Nov12

não foi para isto que fizemos o 25 de novembro

jorge c.

Celebramos, hoje, a democracia portuguesa. Nem sempre fomos bem sucedidos, é certo. Mas, resta-nos sempre a memória do que passámos e o caminho que não queremos voltar a pisar. O regime, este regime maravilhoso em que vivemos, deu oportunidade de sermos mais e melhores, mais próximos, mais diferentes, mais semelhantes. Deveríamos ser muito mais, dir-se-ia. Talvez. Mas, neste percurso subjectivo, olhando para trás, não estamos a ir mal. Agora, é possível que se tivermos este status quo por garantido, aí a história possa ser outra. Temos que o conservar o melhor possível.

É por isso que é preciso humilhar gente com este discurso miserável, esta conversa moralista do "viver acima das possibilidades", do juízo populista sobre a vida dos outros que tanto alimentou outros regimes nada democráticos. É um discurso que vai ganhando cada vez mais força. Por isso, nunca se esqueçam de uma coisa: não foi para isto que fizemos o 25 de novembro.

18
Jul12

Madiba

jorge c.

Dou uma vista de olhos pelos jornais do costume. Nada. Faço uma busca no Google e lá me aparece um artigo muito sofrido. Parece que já ninguém quer saber do Dia de Nelson Mandela.

 

Vivemos um tempo em que celebrar o que somos deixou de ser uma prioridade. Celebra-se a efemeridade e o entretenimento. Mas, pouco se celebra a civilidade. Esquecemo-nos. Às vezes parece que se perdeu a memória histórica, ou que temos as coisas como garantidas ou, ainda, que nos é indiferente.

 

Pois a celebração da igualdade, da justiça, da dignidade, do respeito e da responsabilidade cívica nunca nos pode ser indiferente. Celebre-se, então, Mandela, pelo seu 94º aniversário.

 

Parabéns, Madiba!

 

04
Dez11

Da política

jorge c.

Não sou propriamente um Sá-Carneirista. Cresci no cavaquismo e fiz-me militante do PSD com Marcelo Rebelo de Sousa. Não entro, por norma, no sebastianismo anacrónico do founding father social-democrata. Tenho, contudo, uma enorme admiração pela sua visão e pela forma como pensou a democracia. Revejo-me nisso.

Assim, lembro Sá Carneiro, hoje, num tempo em que não existe filosofia e visão estratégica. As lideranças estão a trabalhar o momento, sem cultura política e democrática. Francisco Sá Carneiro representa um político com uma ideia política para uma sociedade política. Não é ele que faz falta, mas sim o que ele representa.

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